Seja Bem Vindo!

O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Não há princípio que não seja desmentido nem instituição que não seja escarnecida. Já não se crê na honestidade dos homens públicos. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos abandonados a uma rotina dormente. O desprezo pelas idéias aumenta a cada dia. A ruína econômica cresce, cresce, cresce... A agiotagem explora o juro. A ignorância pesa sobre o povo como um nevoeiro. O número das escolas é dramático. A intriga política alastra-se por sobre a sonolência enfastiada do país. Não é uma existência; é uma expiação. Diz-se por toda parte: 'O país está perdido'.

Eça de Queiroz, em 1871 - citado por Arnaldo Jabor em "Porno Política"- Editora Objetiva.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Presidenta Dilma defende obra sem licitação

A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (14) que está preocupada com a paralisação das obras do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), determinada pela Justiça Federal em São Paulo, por falta de licitação para contratar a empreiteira Delta Construções. “Fico preocupada e tomo as medidas para defender o que consideramos que é o justo. O que fizemos em relação à obra de Guarulhos, por emergência e urgência, é muito importante. Não tomamos decisão sem avisar. Avisamos ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público”.

Dilma disse que a decisão de contratar a empresa sem licitação foi tomada de forma “clara” e “transparente” e que a urgência não se deve à proximidade da Copa do Mundo de 2014, já que a previsão é que a obra fique pronta em dezembro. “Não fizemos a urgência e a emergência por causa de 2014, fizemos para anteder Guarulhos em dezembro. Tanto é que há um compromisso da empresa de entregar a obra até dezembro. Agora, se tiver interrupção, nem o governo federal, nem a empresa podem ser responsabilizados”, disse a presidenta.

A decisão de suspender imediatamente a obra de construção do terminal remoto de passageiros de Guarulhos foi tomada ontem (12), pela juíza Louise Vilela Filgueiras Borer, da 6ª Vara Federal de Guarulhos. No processo, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) alegou que não abriu licitação por causa da urgência da obra, decorrente da proximidade da Copa do Mundo de 2014. Para o Ministério Público Federal (MPF), a urgência não se justifica.

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