Um futebol que conquistou as Copas do Mundo de 1930 e 1950 e era um dos maiores vencedores da Copa América voltou a conquistar o continente. Com uma campanha sólida, o Uruguai superou a eficiente retranca do Paraguai, venceu por 3 a 0 e, neste domingo, no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, conquistou seu 15º título do principal torneio da América do Sul.
Com a conquista, que não acontecia havia 16 anos, o Uruguai se isolou como o maior vencedor da Copa América, com 15 títulos. A Argentina, que foi derrotada pelos uruguaios nas quartas de final, permanece com 14. Já o Brasil, que também se despediu do torneio no primeiro jogo do mata-mata, tem oito troféus.
Se o título mostra o renascimento do futebol uruguaio, que na última Copa do Mundo terminou na quarta colocação e, neste ano, viu o Peñarol fazer a final da Copa Libertadores com o Santos, essa conquista também simboliza uma das grandes gerações do Uruguai, com destaque para o zagueiro e capitão Diego Lugano e o atacante Diego Forlán.
O Uruguai, no entanto, não se resumiu a essas duas figuras. A equipe celeste aposta suas fichas no temperamental e letal atacante Luis Suárez (eleito melhor jogador do torneio), que abriu o placar na decisão deste domingo e marcou quatro gols na Copa América, no jovem zagueiro Coates (apontado como revelação da competição), além do meio-campista Cavani.
Mesmo com todos esses elementos, o Uruguai demorou até convencer. Na primeira fase, o time empatou com Peru e Chile (ambos por 1 a 1) e, só na terceira rodada, venceu o México. Diante disso, os uruguaios acabaram caindo no caminho da Argentina logo nas quartas de final. Mesmo assim, a equipe conseguiu derrotar os donos da casa nos pênaltis. Na semifinal, novamente contra os peruanos, uma vitória por 2 a 0 e o passaporte para a grande decisão.
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